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quinta-feira, 5 de julho de 2012

4 de julho + Libertadores


Saí de casa ontem para conferir a reação dos americanos ao feriado cívico mais importante do ano – o 4 de julho. Bem como imaginava, a data desperta todo o patriotismo no país. 


Claro que Washington, cheia de símbolos nacionais, atrai milhares de turistas nesse dia. As cores da bandeira estavam por todos os lados.


A grande concentração de pessoas acontece em volta ao Monumento a Washington. 


Famílias chegam cedo e fazem piquenique, esperando os fogos à noite.

Fantasias destacam símbolos nacionais – Abraham Lincoln e o Hot Dog.


Carros do exército patrulham a área, que fica de frente à residência do presidente.

A Casa Branca foi fechada e recebeu apenas convidados – pelo menos uma centena de pessoas nos jardins, de frente para o Monumento, de onde os fogos são disparados.


Morra de inveja, Stannis Baratheon. Esta é a verdadeira espada Luminífera.


Na verdade, é um memorial a soldados mortos na Segunda Guerra e na Guerra da Coreia.

Eu decidi ignorar os fogos de artifício, que começaram por volta das 9 horas da noite, porque tinha algo muito mais importante acontecendo no mesmo horário: a final da Copa Libertadores da América.

Como sempre, fui para o Lucky Bar DC, na região do Dupont Circle. O bar estava lotado.
Não demorou para o bar ficar cheio de corintianos e xeneizes. Os brasileiros se mostravam muito mais efusivos que os argentinos, reflexo do comportamento mais ofensivo do Corinthians diante do Boca Juniors.

Durante o intervalo, perguntei a um dos argentinos o que ele achou do primeiro tempo. “Parejo”, ele respondeu. “Honestamente, eu achei o Corinthians mais ofensivo e com um sistema defensivo mais bem estruturado”, respondi. Ele fez aquela cara de pouco caso, que só os argentinos sabem fazer. Ainda teve a capacidade de dizer que a saída do goleiro Orion foi uma boa. “Nuestro segundo goleiro es mejor, de verdad”, garantiu.

Pobre Sosa. Logo no início do segundo tempo não foi capaz de evitar o gol de Emerson. O bar americano se transformou em uma filial do Pacaembu. Rolaram todas as músicas da Fiel: “Aqui tem um bando de loucos”, “Não para, não para, não para” e outras. Vários americanos pararam para perguntar o que estava acontecendo.


Após o segundo gol de Emerson, o sentimento de campeão se concretizou. Eu não conseguia acreditar no que estava acontecendo. Acordei aquela quarta-feira sabendo que terminaria o dia totalmente devastado ou incontrolavelmente eufórico. Os corintianos no bar ajudaram a me sentir mais em casa.

Raquel e Patricia assistiram aos jogos no Lucky Bar DC desde as semifinais.


Saí para festejar. Dividi a notícia da vitória corintiana com qualquer pessoa que fosse minimamente ligada a Améria Latina, como essa dupla mariachi de Honduras.


Demorou para baixar a adrenalina. Corinthians, campeão da Libertadores. Festa nos Estados Unidos, por outro motivo, mas para mim o cenário foi perfeito.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Corintianos na capital dos States

Ontem assisti a Santos e Corinthians, pelas semi-finais da Copa Libertadores, no Lucky Bar DC. O lugar, como o nome sugere, está dando sorte para mim. Comecei a assistir a jogos lá quando o Corinthians enfrentou o Vasco da Gama, pelas quartas-de-final.


O bar é famoso em toda a cidade por ser uma referência na transmissão de eventos esportivos. São dezenas de televisores, cada um sintonizado em um determinado canal. Dá para acompanhar várias partidas ao mesmo tempo: futebol sul-americano, Eurocopa, jogos de beisebol, basquete e hóquei.


Chegando ao bar ontem à noite, estava procurando pelo monitor que transimtiria o jogo da Libertadores, quando alguem falou "é aqui mesmo, corintiano". A gente sabe que a torcida do Corinthians é imensa, mas mesmo assim, é surpreendente encontrar outro corintiano em uma cidade que não e exatamente turística, como Washington DC.


Como aflição de corintiano é a mesma em qualquer lugar (ainda mais na Libertadores), dividimos a mesa e a cerveja - Yeungling, que custa US$ 12 a jarra. O nome dele é Ricardo e estava em Washington para um treinamento, depois de ter chegado da Coreia do Sul, onde esteve em outro evento empresarial.


Tudo corria na mais perfeita ordem: ambos os corintianos xingando livremente o juiz, já que ninguém entendia os palavrões. Eis que Emerson marca aquele golaço e a nossa reação não poderia ser mais corintiana. Eu pulava mais alto que a mesa e o Ricardo batia com força em uma das cadeiras. De repente percebemos que o bar inteiro parou para saber o que estava acontecendo. Os três amigos americanos que me acompanhavam arregalaram os olhos. Mas todos eles pararam para nos parabenizar pelo gol.


No intervalo, apareceu outro corintiano, perguntando quanto estava o jogo. O nome dele é Diogo e ele está fazendo um curso em Washington. Fiz um breve resumo da atuação dos dois times e, em instantes, ele também se instalou na nossa mesa. Chegou um outro rapaz, obviamente não brasileiro, perguntando do jogo. Descobrimos que ele é chileno e torce pelo Universidad, que pode ser nosso rival caso os dois times cheguem na final da Libertadores.


Para completar, apareceu um outro corintiano, que não se apresentou e apenas deixou uma sutil ameaça no ar. "Se o juiz der pênalti para o Santos, a gente quebra o bar!". Claro que era brincandeira, mas quando cortaram a luz na Vila Belmiro, deu mesmo vontade de quebrar tudo.


No fim das contas, mesmo com a prorrogacão nervosa, deu tudo certo para o Corinthians. Os dois corintianos que estava na minha mesa estão voltando para o Brasil e têm ingresso comprado para a próxima partida, no Pacaembu. Encontrar outros integrantes da nação corintiana em plena capital dos Estados Unidos foi como reencontrar um pedaço do Brasil. Sem qualquer cerimônia, dividimos a mesa, a cerveja e a aflição. Com muita inveja dos dois, eu voltarei ao Lucky Bar DC para continuar essa curta tradição (ou mandinga) que pode nos levar a uma inédita final de Libertadores.


Corinthians grande, sempre altaneiro, és do Brasil, o clube mais brasileiro!