Pesquisar este blog

quinta-feira, 31 de maio de 2012

The new soccer country


I've been to FedEx Stadium yesterday, home to the Washington Redskins, to watch USA vs Brazil. In this country that doesn't care about the 'Briton sport', I thought it would be a minor event, watched only by members of the Brazilian community in the US or Latinos. 
It was a surprise for me to discover that soccer is the new American obsession. They crowded the stadium and supported their team almost like The Faithful do at Corinthians games. Ok, I'm exaggerating a little bit, but it was really impressive.
The FedEx structure is amazing. The stadium is the third largest in American football league, with room for 79,000. It's  in Maryland, a 25 min drive from Washington.



At least 85% was occupied. Considering the colors, half the people were Americans and half Brazilian fans. This group that included Brazilians e all non-Americans, mainly from Central America, who admire the 'Little Canary Selection'.


This picture shows Neymar warming up for the game, minutes before the beginning.





When the players entered the field, American fans made a huge noise and suffocated the cheers of the Brazilian fans. All the American patriotism, trained hard in so many civic occasions, was manifested. 
Their reaction was so intense that they believed it was possible to win over Brazil.


I was in the third row, right behind the American benches. The point of view was the same as the people on the field. In the picture below, it's possible to see how close the players were.


Neymar was the name of the game. Not only because he scored one and had two assists, but also because he was the only player everybody knew in the American audience. Many of them asked me about him - where he plays, how old is he. He was the target for American defensive players, but they did not play that well in the first half. They did better in the second half, but without real chances against the Brazilian players. But this didn't prevent the American fans from hitting drums and yelling "U.S.A." from the beginning to the end of the game, never giving up support for their team. The most fanatic was in one of the corners, below one of the screens.



FedEx Field is excellent and allows you to eat and drink without the mess that is in Brazilian stadiums. The audience was impressive, much larger than the average in Brazilian Championship games.  




The final score was 4 X 1 to Brazil, but the Americans were not bored and joined the winners' celebration. Outside, the 20,000 vehicle traffic jam convinced people to relax and wait until the roads cleared. A perfect excuse for a mini-Carnival in the parking lot. Americans won in "costume" category.


But Brazilians won in categories "drums", "samba lyrics" and "motor coordination of legs and feet".


The party was nice, the game was fantastic, and the stadium was great. One guy didn't like the results: Chris Scalise, wearing his new American Soccer Team shirt. I explained it was an honor to be beaten with only 4 goals from Brazil, but his face indicated to me he was not convinced. 


O novo país do futebol

Ontem fui ao FedEx Stadium, casa do time de futebol americano Redskins, para ver EUA vs Brasil. A princípio, pensei que seria um evento obscuro, visto apenas pela comunidade brasileira e outros latinos, em um país que não dá a mínima para o esporte bretão. Para minha surpresa, o futebol é a nova obsessão dos americanos. Eles lotaram o estádio, levaram bumbo e torceram quase como se fossem a Fiel em jogo do Corinthians (estou exagerando um pouco aqui, mas foi mesmo impressionante).
Chegando no FedEx Stadium, a estrutura é de cair o queixo. O estádio é o terceiro maior da liga americana de futebol americano, com capacidade para 79 mil pessoas. Fica a cerca de 25 minutos de Washington, no Estado de Maryland.


O estádio estava pelo menos dois terços ocupado. Pelo que notei pelas cores, metade eram torcedores americanos e metade adoradores do Brasil, grupo que inclui brasileiros e todos os não americanos, principalmente da América Central, que apreciam a seleção canarinha. Nesta foto, a torcida observa o aquecimento de Neymar, minutos antes do apito inicial.



Quando os atletas entraram em campo, os americanos fizeram muito barulho e sufocaram os gritos dos brasileiros. Depois de anos treinando o patriotismo em datas cívicas, eles têm um certo fascínio fanático pela bandeira e tudo o que represente seu país. A reação deles foi tão intensa que chegaram a acreditar que poderiam vencer o Brasil.


Eu estava na terceira fila atras do banco de reservas americano. O ponto de vista era o mesmo de quem estivesse no campo. Nesta foto, dá para ter uma ideia da proximidade que os jogadores estavam.


Neymar foi o nome do jogo. Não apenas por ter marcado um gol e assistido em dois, mas também por ser o único conhecido pela torcida americana. Muitos americanos me perguntaram sobre ele, onde joga, qual a idade. Ele foi o alvo da marcação americana dentro de campo, mas os EUA tiveram uma atuação muito fraca e pouco efetiva no primeiro tempo. No segundo, melhoraram um pouco, mas não conseguiram criar chances reais de gols. Mesmo assim, os torcedores americanos batucaram e gritaram "U.S.A." do começo ao fim, nunca desistindo de apoiar o time. Os mais fanáticos ficaram em uma das extremidades do estádio, debaixo de uma das telas.


O FedEx é excelente e proporciona a experiência única de assistir a um jogo de futebol comendo hot dog e bebendo cerveja, sem aquela bagunça típica do Brasil.O publico foi impressionante, muito maior que o normal em jogos do Campeonato Brasileiro. 


Os americanos presentes eram, em sua maioria, pessoas brancas que você espera encontrar em jogos de beisebol. Ou, no caso desses dois que estavam na minha frente, em convenções de tatuagem.


Brasil venceu por 4 a 1 e os americanos, ao invés de ficarem aborrecidos, juntaram-se aos brasileiros na comemoração. Do lado de fora, o tráfego de pelo menos 20 mil veículos fez com que a maioria simplesmente relaxasse e esperasse o fluxo diminuir. Desculpa perfeita para um mini-carnaval no estacionamento. Os americanos ganharam no quesito "adereços".


Mas os brasileiros venceram nos quesitos "bateria", "samba enredo" e "coordenação motora dos membros inferiores".


A festa foi ótima, o jogo foi muito movimentado e o estádio era fenomenal. Quem não gostou do resultado foi o Chris Scalise, que até comprou uma camiseta da seleção americana. Eu tentei explicar para ele que foi uma honra ter perdido por apenas 4 a 1 para o Brasil, mas acho que ele não se convenceu, pela cara que fez.



City of parks

Recently Washington was ranked the American city 5th in acess to parks. According to this survey, 96% of Washingtonians are within a 10 minute walk from a park or square. In my case, I just have to take a elevator down. This is 10th St. Park, concluded last year, right down from my window.


The problem with the parks in this city, also pointed out in this survey, is the size.With some exceptions, parks in Washington are little. In summer, with hot and humid weather, everybody goes outdoors, and there is no room in the parks. On the next corner from here, there is a little "green triangle", Samuel Gompers Memorial Park.


In this case, access is the problem. The park is at a crossroads of three streets and one avenue, close to an elementary school. In rush hour it takes a lot of time to reach it.

But of course Washington also has amazing parks like the Mall. My favorite place for running, it offers a unique view. To the East, the Capitol. To the West, the Washington Monument, the highest construction in town. It is impossible not to check the sky, looking for an alien ship ready to attack or demand an audience with Obama.

Some parks, in the commercial center of Washington, show other aspects of this city. Franklin Park, on K Street, is crowded with people lunching, resting and texting during the day.


But as dusk comes, an army of homeless converge to the park. Charity institutions know that and transformed Franklin Park into a point for clothes and food distribution. Most of the homeless are black, but there are people of all ethnic groups. The situation is more critical since the financial crisis. The collapse started with the real estate market and many lost their houses in this country. Even during the day, there are people in the park, with all their belongings in little suitcases.


For those who like animals, it is certain you will find squirrels anywhere in Washington. They are as common here as rats are in Sao Paulo. This is not an advantage: with the exception of the tails, both animals are pretty similar.


quinta-feira, 24 de maio de 2012

Cidade dos parques

Em recente pesquisa, Washington DC foi considerada a quinta cidade americana em acesso a parques. De acordo com o levantamento, 96% dos moradores da cidade estão a 10 minutos de caminhada de uma praça ou parque. No meu caso, basta descer para o térreo. Este é o 10th St. Park, que ficou pronto no ano passado, bem debaixo da minha janela.



O problema dos parques da cidade, também apontado pela pesquisa, é o tamanho. Com algumas exceções, os parques de Washington são pequenos. No verão, o clima e bem quente e úmido, todo mundo sai  de casa e falta espaço. Na esquina, a 50 metros de casa, há outro pequeno triângulo verde, o Samuel Gompers Memorial Park.


Neste caso, o problema é o acesso. O parque fica na encruzilhada de uma avenida e três ruas, próximo a uma escola. Nos horários de pico, demora um tempão para atravessar até ele.
Mas Washington tem parques invejáveis, como o Mall. Meu lugar favorito para correr, ele oferece uma visãúnica. De um lado, o imponente Capitólio, o congresso americano.



Do outro lado, o Monumento a Washinton, a construção  mais alta da cidade. Impossível não olhar para o céu e procurar uma nave alienígena, pronta para atacar ou exigir uma audiência com o Obama.



Alguns parques, no centro comercial de Washington, mostram outros aspectos do país. Um exemplo é o Franklin Park, que fica na movimentada K Street NW. Durante o dia, o lugar enche de pessoas, a maioria fazendo pausa no serviço, comendo alguma coisa ou concentrada em seus celulares.


Mas conforme escurece, os sem-teto convergem para o local. Instituições de caridade já sabem que o Franklin Park virou ponto de referência e vão levar roupa ou comida. Embora a maioria dos sem-teto seja de negros, há gente de toda etnia. A situação ficou mais crítica depois da crise financeira. O colapso comecou no mercado imobiliário e milhões de pessoas perderam a casa. Mesmo durante o dia, há gente na praça, com todos seus pertences em pequenas malas.



A grande quantidade de praças é essencial em uma cidade onde praticamente todo mundo tem cachorro. Para quem gosta de bicho, uma certeza em qualquer praça ou parque de Washington e a existência de esquilos. Eles se proliferam pela cidade assim como os ratos em São Paulo. Se bem que, com exceção do rabo, os dois animais sao bem parecidos.


quarta-feira, 23 de maio de 2012

Kayak Lesson

A lot of people consider Washington a city with a huge amount of marble and government buildings with no natural life. But a short trip is enough to prove the region doesn't lack natural beauty. In Fort Washington, Maryland, there is a marina where kayak lessons are avaiable. I warn in advance that my first lesson was awkward.

It was a 40 minute drive on Indian Head Highway. In the marina, a guide explained how to paddle and what to do in case of emergency. My group consisted of six people. In minutes we headed to the river. The guide said that one of the boats was really fast, pro stuff. The problem: instability. He offered it to me and this genius here thought: why not?

The boat was really narrow and swayed a lot. I paddled a little bit to get used to it. When I was 20 meters from the docks, a violent wave hit my kayak. I tried to get balance, but it was useless. I had a flotation device, and I swim very well, but nothing prevented me from the 'fail internet video' sensation when I dropped into the river.

Actually, it was not that bad: the day was hot, and the water was warm. But c'mon: I had to drop into the river even before the last member of my group entered his boat? I swam back to the docks and asked for a more stable kayak. This is my face of shame in my new boat.


The new kayak was wider and ten times more stable. I had no problems from then on. I paddled in a creek tributary of the Potomac River between Maryland and Virginia. A kayak is much faster than a regular boat. It gives you an incredible sensation of freedom and proximity to nature.


On the river banks, there were turtles, eagles, cranes and other animals one doesn't expect to find so close to the US capital. I entered a natural canal, formed by aquatic bushes. I paddled for hours and didn't feel sore or bored. I could have spent the whole day at that river.

If you want to experience this ride, this is the company responsible:


Atlantic Kayak Company 
13600 King Charles Terrace, Fort Washington, Maryland 20744   ( view map )
Phone :             301.292.6455       
http://www.atlantickayak.com    info@atlantickayak.com

terça-feira, 22 de maio de 2012

Lição de Caiaque

Para muitos, Washington é um amontoado de mármore e prédios governamentais, sem muita vida natural. Mas basta uma curta viagem para comprovar que na região não faltam naturais. Em Fort Washington, Maryland, há uma marina e um local para lições de caiaque. Já a adianto que comecei minha lição com uma trapalhada!

São 40 min de carro, pela Indian Head Highway. Chegando na marina, um guia explica como manobrar o remo e o que fazer em caso de emergência. Meu grupo era de apenas seis pessoas. Em minutos, estavamos em no rio. O guia disse que um dos barcos era realmente rápido, usado por profissionais. O problema: instabilidade. Ele me ofereceu e o espertão aqui pensou: por que não?

O barco e era realmente estreito e oscilava bastante. Remei um pouco para me ambientar e, quando estava a 20 metros das docas, uma onda violenta bateu na lateral do caiaque. Tentei me equilibrar, mas foi inútil. Ao contrário da marchinha carnavalesca, a canoa virou! Estava com colete salva-vida e sei nadar, mas nada me previniu da sensação de Videocassetada do Faustão

Na verdade, o dia estava quente e a água, morna. Mas eu tinha que virar o barco antes mesmo do último integrante do grupo entrar no rio? Nadei de volta ate as docas e pedi um barco mais estável. Esta é a minha cara depois do vexame, no meu novo barco.


O novo caiaque era mais largo e 10 vezes mais estável. Não tive mais problemas pelo resto do passeio. Remei em um riacho que deságua no Rio Potomac, que divide dos estados da Virginia e Maryland. O caiaque é muito mais veloz que um bote normal e dá uma sensação indescritível de liberdade e proximidade com a natureza.




Nas margens dos rios, havia tartarugas, águias, garças e outros animais, que a gente não espera encontrar tão perto da capital dos Estados Unidos. Entrei por um canal natural, formado por arbustos aquáticos, e a sensação de proximidade com a natureza foi ainda mais incrível. Remei durante quatro horas, mas não foi cansativo ou entediante. Poderia ter passado o dia inteiro naquele rio.

Quem estiver nos EUA e quiser fazer o mesmo roteiro, esta é a empresa que organiza a bagaça:

Atlantic Kayak Company 
13600 King Charles Terrace, Fort Washington, Maryland 20744   ( view map )
Phone :             301.292.6455       
http://www.atlantickayak.com    info@atlantickayak.com