Pesquisar este blog

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Poe's tomb



When I was 16 I found a book in my grandfather's library. It changed my views on literature. A hardcover red volume called "Extraodinary Stories" was a collection of tales by
Edgar Allan Poe (1809-49), the father of detective genre, still my favorite book style.

At the first opportunity to visit Baltimore, 41 miles from Washington, I only could think about Poe's tome. I didn't resist and looked for the place where he is buried.


He lies next to this presbyterian church. As almost everything in old Baltimore, the building is from the beginning of 19th century. There are a lot of tombs beneath it.


The catacombs beneath the church make a perfect scenario for a Poe story. With little light, the tombs have a supernatural look. The "Master of Macabre" would approve it.

This casket is from the early 19th century, before the invention of modern chemical conservation of corpses. Ice was placed around the body to preserve the dead.


Around Poe's tomb there are signs with his life story and a tribute gave by french scholars. Many Poe's stories are set in Paris, like “The Murders in the Rue Morgue" and "The Purloined Letter".


Many people place pennies on the tomb as a sign of recognition to the writer. I placed mine too.


Someone left two red roses and a drawing of a raven. I think is a touching tribute. I almost could hear it screaming "nevermore, nevermore". If you didn't understand the reference, go to google.

O túmulo de Poe



Quando tinha 16 anos encontrei um livro, na biblioteca do meu avô, que mudou minha visão sobre literatura. Um volume em capa dura vermelho chamado “Contos Extraordinários” reunia vários contos de Edgar Allan Poe (1809-49), o inventor do gênero policial. Até hoje este é o meu estilo literáio preferido.

Na primeira oportunidade de visitar Baltimore, a 65 km de Washington, a primeira coisa que me veio na cabeça foi o túmulo de Poe. Não resisti e procurei o local onde o pai de todos os detetives fictícios está enterrado.

Poe descansa  ao lado desta igreja presbiteriana. O prédio, como toda a parte antiga de Baltimore, édo começo do século 19. Debaixo dele há vários mortos enterrados.

As catacumbas debaixo da igreja não poderiam ser mais perfeitas como cenário para Poe. Com pouca luz, as  covas ganham um ar sobrenatural. Com certeza, o “mestre do macabro” aprovaria.

Este caixão especial é do começo do século 19, antes do advento da conservação química de corpos. Gelo era colocado em volta do cadáver para preservar os tecidos.

Ao lado da sepultura de Poe há um resumo da vida dele e uma homenagem recebida por acadêmicos franceses. Vários contos de Poe são ambientados em Paris, como “Os Crimes da Rua Morgue” e “A Carta Roubada”.

Várias pessoas colocam moedas de um cent (penny) na sepultura, como reconhecimento ao escritor. Também deixei uma.

Alguém deixou duas rosas vermelhas e o desenho de um corvo próximo ao túmulo. Achei uma homenagem tocante. Quase dá para ouvir ele gritar “Nunca mais! Nunca mais!” Se você não entendeu a referência, use o google.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

4th of July + Libertadores



I went out 4th of July to see how the Americans celebrate their most important civic holiday. Just like I thought the day raises all the patriotism in the country.


Washington DC, full of national landmarks, attracts thousands of visitors. The banner's colors  were everywhere.


The big concentration of people was around the Washington Monument. 


Families arrived early and made picnic while waited for the fireworks at night.

Costumes of national symbols - Abraham Lincoln and Hot Dog.


Army cars patrol the area right in front the president's residence.

The White House was opened only for guest – at least one hundred people in the Rose Garden, looking to the Monument.


Die of envy, Stannis Baratheon. This is truly the sword Lightbringer.


Actually is a memorial to soldiers killed during World War II and Korea War.


I decided to ignore the fireworks because there was something much more important happening at the same time: the final game of Copa Libertadores da América - Corinthians (Brazil) cs Boca Juniors (Argentina). 

As usual I went to Lucky Bar DC, at Dupont Circle area. The bar was crowded of Americans celebrating the 4th of July. Soon it become crowded of corinthianos and xeneizes (Boca Juniors' fans). The Brazilian was more effusive, reflecting the offensive behavior of Corinthians in the field.

During the brake I asked an Argentine what impression he had about the first half. “Parejo (even)”, he replied. “Honestly, I think Corinthians was more offensive and had a better structured defensive system", I argued. He did that blasé face only the Argentines can do. He denied that their goalkeeper replacement due to an injury during the first half  was a problem. “Nuestro segundo goleiro es mejor, de verdad (actually, our second goallie is better)”, he said.

Poor Sosa, the second goallie. Right in the beginning of the second half he could not avoid Emerson's goal. The American bar became a little Pacaembu (the stadium in Sao Paulo where the game happened). The fans sang all the Fiel chants: "There is a band of crazy here", "Don't stop, don't stop" and many others. Many Americans stopped to ask what the hell was happening. 

After the second Emerson's goal, the champion feeling was hard to hold. I could not believe that was happening. After 35 years trying, Corinthians conquered the only cup was missing in our hall of trophies. I waked up that Wednesday knowing that I would end the day totally devastated or uncontrollably euphoric. The corintianos at the bar helped me to feel at home.

Raquel and Patricia watched games at the Lucky Bar DC since the semifinals weeks before.


I went out to celebrate. I divided the news with everybody minimally latino, as this mariachi little band, from Honduras.


It took time for the adrenaline to be back to normal levels. Corinthians champion of Libertadores. The party in the USA was for another reason, but the scenario was perfect fo me.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

4 de julho + Libertadores


Saí de casa ontem para conferir a reação dos americanos ao feriado cívico mais importante do ano – o 4 de julho. Bem como imaginava, a data desperta todo o patriotismo no país. 


Claro que Washington, cheia de símbolos nacionais, atrai milhares de turistas nesse dia. As cores da bandeira estavam por todos os lados.


A grande concentração de pessoas acontece em volta ao Monumento a Washington. 


Famílias chegam cedo e fazem piquenique, esperando os fogos à noite.

Fantasias destacam símbolos nacionais – Abraham Lincoln e o Hot Dog.


Carros do exército patrulham a área, que fica de frente à residência do presidente.

A Casa Branca foi fechada e recebeu apenas convidados – pelo menos uma centena de pessoas nos jardins, de frente para o Monumento, de onde os fogos são disparados.


Morra de inveja, Stannis Baratheon. Esta é a verdadeira espada Luminífera.


Na verdade, é um memorial a soldados mortos na Segunda Guerra e na Guerra da Coreia.

Eu decidi ignorar os fogos de artifício, que começaram por volta das 9 horas da noite, porque tinha algo muito mais importante acontecendo no mesmo horário: a final da Copa Libertadores da América.

Como sempre, fui para o Lucky Bar DC, na região do Dupont Circle. O bar estava lotado.
Não demorou para o bar ficar cheio de corintianos e xeneizes. Os brasileiros se mostravam muito mais efusivos que os argentinos, reflexo do comportamento mais ofensivo do Corinthians diante do Boca Juniors.

Durante o intervalo, perguntei a um dos argentinos o que ele achou do primeiro tempo. “Parejo”, ele respondeu. “Honestamente, eu achei o Corinthians mais ofensivo e com um sistema defensivo mais bem estruturado”, respondi. Ele fez aquela cara de pouco caso, que só os argentinos sabem fazer. Ainda teve a capacidade de dizer que a saída do goleiro Orion foi uma boa. “Nuestro segundo goleiro es mejor, de verdad”, garantiu.

Pobre Sosa. Logo no início do segundo tempo não foi capaz de evitar o gol de Emerson. O bar americano se transformou em uma filial do Pacaembu. Rolaram todas as músicas da Fiel: “Aqui tem um bando de loucos”, “Não para, não para, não para” e outras. Vários americanos pararam para perguntar o que estava acontecendo.


Após o segundo gol de Emerson, o sentimento de campeão se concretizou. Eu não conseguia acreditar no que estava acontecendo. Acordei aquela quarta-feira sabendo que terminaria o dia totalmente devastado ou incontrolavelmente eufórico. Os corintianos no bar ajudaram a me sentir mais em casa.

Raquel e Patricia assistiram aos jogos no Lucky Bar DC desde as semifinais.


Saí para festejar. Dividi a notícia da vitória corintiana com qualquer pessoa que fosse minimamente ligada a Améria Latina, como essa dupla mariachi de Honduras.


Demorou para baixar a adrenalina. Corinthians, campeão da Libertadores. Festa nos Estados Unidos, por outro motivo, mas para mim o cenário foi perfeito.