São Paulo não foi a única cidade a ter Parada Gay neste final de semana. Aqui em Washington, aconteceu a tradicional Capital Pride. Como tudo nesta cidade, o evento é muito mais político do que qualquer outro lugar. Por ser uma cidade de profissionais liberais, funcionários públicos e muita gente de fora, a mentalidade é muito mais receptiva para a comunidade LGBT.
Vamos aos clicks.
Adoro essa foto. Esse grupo se chama Dykes on Bikes (Sapatonas de Motos). Elas abriram o desfile com um festival de Harley-Davidsons. As duplas mostram bem a diversidade da comunidade LGBT: uma lésbica bem masculina na direção e outra mais feminina na garupa. Olha essa pose e esse cigarro. Ela é mais macho que seu pai e seu avô juntos.
Os principais pontos de comércio 'gay friendly' em Washington são o Dupont Circle, 17th Street NW e a P Street NW. Ao contrário de São Paulo, não existem prédios muito altos na cidade, para não cobrir os monumentos nacionais (Capitólio e o Obelisco). Por causa disso, a sensação é de uma parada em cidade do interior. As pessoas marcham pela rua e o público assiste da calçada. Nada de trio elétrico - graças a Deus.
O calor de 35 graus explica a foto acima.
Muito interessante a presença de famílias e crianças na parada. O grupo acima defende o respeito pela diversidade nas escolas públicas. Aprende Brasil.
O apoio ao presidente Barack Obama aumentou depois que ele manifestou publicamente, a poucas semanas, sua posição pró-casamento entre pessoas do mesmo sexo. Foi o primerio presidente norte-americano a fazer isso. Não houve manifestação em favor do republicano Mitt Romney, para quem o casamento só existe entre homem e mulher.
Vereadores e o prefeito não perdem a chance de mostrar a cara e ganhar pontos com a gigantesca comunidade gay de Washington.
O pior crossdresser da parada foi esse rapaz, que pegou um vestido velho da mãe e foi pagar de gatinha na rua. Obviamente heterossexual.
Coragem é se pintar inteiro de dourado e subir num carro alegórico. Esse grupo representa o bar Nellie's.
Tá Lindsay, morena! NOT!
Essa de limousine branca é a drag sexagenária Ella Fitzgerald, da boate Ziegfeld's Secrets, escoltada pelo seu exército particular de homens sarados.
Morram de inveja do adereço dessa drag. Um pavão empalhado!
Pintou um clima com alguém na calçada. Safada!
Mais da metade da população de Washington é negra e boa parte é gay. A bicha na foto está super na moda!
Quando eu achava que a pobreza tinha ficado no Brasil, me vem essa guei, que poderia facilmente ter nascido na periferia de Fortaleza, e acaba com a minha felicidade. Notem o tom do cabelo: amarelo Joelma ou água de salsicha. Para completar, ela matou o papagaio da mãe, tingiu as penas e calçou um par de havaianas para ver a parada.
O amiguinho dele não perde tempo. Para facilitar as coisas, vestiu somente uma cuequinha aberta atrás. Auto explicável.
Primeira vez que vejo uma fantasia de manchete. Washington Blade é um jornal voltado para a comunidade LGBT.
A prima escurinha da Adele.
A parada terminou em frente ao Capitólio, no domingo, com show da Deborah Cox - aquela cantora que tem um monte de música que você conhece, mas não sabia quem cantava. Teve single na trilha sonora de Queer as Folk.
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