Saí de casa ontem para conferir a reação dos
americanos ao feriado cívico mais importante do ano – o 4 de
julho. Bem como imaginava, a data desperta todo o patriotismo no país.
Claro que Washington, cheia de símbolos nacionais, atrai milhares de turistas nesse dia. As cores da bandeira estavam por todos os lados.
A grande
concentração de pessoas acontece em volta ao
Monumento a Washington.
Famílias chegam cedo e fazem piquenique, esperando os fogos à noite.
Fantasias
destacam símbolos nacionais – Abraham Lincoln e
o Hot Dog.
Carros do
exército patrulham a área, que fica de frente à residência do presidente.
A Casa
Branca foi fechada e recebeu apenas convidados – pelo menos uma centena de pessoas
nos jardins, de frente para o Monumento, de onde os fogos são disparados.
Morra de
inveja, Stannis Baratheon. Esta é a verdadeira
espada Luminífera.
Na verdade, é um
memorial a soldados mortos na Segunda Guerra e na Guerra da Coreia.
Eu decidi ignorar os
fogos de artifício, que começaram por volta das 9 horas da noite, porque tinha
algo muito mais importante acontecendo no mesmo horário: a final da Copa
Libertadores da América.
Como sempre, fui para
o Lucky Bar DC, na região do Dupont Circle. O bar estava lotado.
Não demorou para o bar
ficar cheio de corintianos e xeneizes. Os brasileiros se mostravam muito mais
efusivos que os argentinos, reflexo do comportamento mais ofensivo do Corinthians
diante do Boca Juniors.
Durante o intervalo,
perguntei a um dos argentinos o que ele achou do primeiro tempo. “Parejo”, ele
respondeu. “Honestamente, eu achei o Corinthians mais ofensivo e com um sistema
defensivo mais bem estruturado”, respondi. Ele fez aquela cara de pouco caso,
que só os argentinos sabem fazer. Ainda teve a capacidade de dizer que a saída
do goleiro Orion foi uma boa. “Nuestro segundo goleiro es mejor, de verdad”,
garantiu.
Pobre Sosa. Logo no início
do segundo tempo não foi capaz de evitar o gol de Emerson. O bar americano se
transformou em uma filial do Pacaembu. Rolaram todas as músicas da Fiel: “Aqui
tem um bando de loucos”, “Não para, não para, não para” e outras. Vários
americanos pararam para perguntar o que estava acontecendo.
Após o segundo gol de
Emerson, o sentimento de campeão se concretizou. Eu não conseguia acreditar no
que estava acontecendo. Acordei aquela quarta-feira sabendo que terminaria o
dia totalmente devastado ou incontrolavelmente eufórico. Os corintianos no bar
ajudaram a me sentir mais em casa.
Raquel e Patricia assistiram aos jogos no Lucky Bar DC desde as semifinais.
Saí para festejar.
Dividi a notícia da vitória corintiana com qualquer pessoa que fosse
minimamente ligada a Améria Latina, como essa dupla mariachi de Honduras.
Demorou para baixar a
adrenalina. Corinthians, campeão da Libertadores. Festa nos Estados Unidos, por
outro motivo, mas para mim o cenário foi perfeito.
Esperto você...eu resolvi encarar uma espera de cinco horas pelos fogos da Macy's em NY e fiquei decepcionada. Programa sem noção, ja sabia que ia ficar assim, mas a empolgação de turista falou mais forte...ainda estou recuperando um pouquinho do tempo perdido para escrever no blog! Bjão!
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